Gomes Pereira, médico do Sporting, voltou a aludir do caso de Liedson depois de Carlos Queiroz ter feito novas referências aos exames exaustivos a que o avançado foi submetido pela ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal) no último trimestre da época 2009/10, garantindo que «não há caso Liedson» e que os exames, apesar de terem deixado o atleta apreensivo, são «normais» e «legais».
«Numa matéria tão melindrosa como a da dopagem, só me vou referir a este caso pelo impacto que adquiriu. As declarações de Carlos Queiroz deixaram no ar que algo de pouco normal se teria passado com Liedson, evocando o meu nome, o do jogador e do Sporting», começou por explicar o responsável pelo departamento clínico dos leões.
«A ADoP é uma instituição do Estado que se rege por uma legislação muito rígida. Vou apenas comentar o que já veio a publico. O Liedson nunca esteve identificado como dopado. O que aconteceu é que, a exemplo de muitos outros jogadores, os atletas são por vezes referenciadas pela ADoP para realização de estudos complementares. Obviamente que estes estudos são feitos de forma sigilosa, para que não paire sequer a dúvida. Neste caso, à posteriori, foi quebrado o sigilo», acrescentou.
Exames que revelaram que «o comportamento de Liedson era fisiológico e nada tinha de anormal», apesar de ter provocado um certo desconforto no jogador. «Este facto é comum a muitos outros atletas. Reconheço que é desconfortável, mas é legal. Não podemos esquecer que os médicos do desporto e a ADoP estão do mesmo lado. Ambos pugnamos pela verdade. Um atleta sem estar dopado foi alvo de um exaustivo estudo, com enorme zelo, por parte da ADoP que manteve, durante um período significativo de tempo, o atleta num estado de preocupação», contou.
Exames que para Gomes Pereira são perfeitamente normais. «Se perguntarem a qualquer médico que acompanhe atletas, dizem todos o mesmo. É legal e a ADoP está a seguir as normas, mas é sempre preocupante para o atleta», destacou ainda.